Era a minha avó, era a minha mãe, era eu

“Era a minha avó, a minha mãe, era eu”, exposição de gravura, na Associação Goela, Lisboa, Março 2024


“Era a minha avó, a minha mãe, era eu” unifica vivências de várias gerações de mulheres através dos seus quotidianos e gestos singulares, refletidos nas mãos tensas que revelam em silêncio os diversos estados emocionais: dores, tristezas, angústias, insegurança, impaciência e submissão.


Se uma avó cativa o olhar na infância com os seus gestos repetitivos e eternos, agora gravados na matriz, os mesmos gestos silenciosos cativam o observador. Gravuras com as suas mãos e corpos caídos em si, corpos, ou dorsos, que permanecem imóveis e fixos no seu rigor, no seu segredo, ninguém os demove.

Quantas violências foram e são exercidas sobre as mulheres ao longo das gerações?


Esta exposição foi acompanhada por 2 performance sonoras de Filipa Cordeiro, em diálogo com as gravuras e as histórias que elas trazem. Partindo de meios simples (a voz e alguns objectos), lançou sons dentro da sala de exposição: sons repetitivos e sujos, como os dos gestos da gravura; sons doces e de lamento, como os da dor e os da amizade.


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